quinta-feira, 29 de abril de 2010

SEM GRACINHAS NA SELEÇÃO DE DUNGA


Nada de humoristas

Sem gracinhas no treino da Seleção!
CBF limita atuação de humoristas na Copa
Veto é adotado depois de a seleção ser perturbada

A CBF restringiu a atuação dos humoristas nos treinos da seleção brasileira durante a Copa da África do Sul. Mesmo credenciados pela Fifa, os integrantes dos programas não vão poder entrevistar os jogadores e o técnico Dunga no Mundial, que começa em 11 de junho.
""Os humoristas vão poder filmar e assistir aos treinos normalmente, mas não poderão perguntar. O trabalho deles não é compatível com o jornalístico e acaba desvirtuando as entrevistas", disse o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva.
Os jogadores são os alvos preferidos dos humoristas na Granja Comary. Em 2009, o atacante Adriano foi hostilizado por Zina, do ""Pânico na TV", da Rede TV!, em um treino. Ele não gostou da atitude do humorista e protestou com a comissão técnica. Os atletas mais famosos quase viram piada.
No sábado passado, em Porto Alegre, Dunga precisou chamar a polícia para afastar os integrantes do programa "Legendários", da Record. Eles fizeram campanha em frente à casa do técnico em prol da convocação do santista Neymar.
O ator Marcelo Marrom declarou ter ocorrido um mal-entendido: ""Em nenhum momento tivemos uma postura invasiva. Atendemos a todas as solicitações feitas pela autoridade policial. Como repórter, a intenção foi trazer com humor o assunto que está na mídia."
Um dos apresentadores do "CQC", da Band, Marcelo Tas crê que a decisão da CBF não atrapalhará os profissionais do programa no Mundial. "Nosso cotidiano sempre é difícil. Temos problemas também no Congresso, em campanhas políticas. Não acredito que essa decisão afetará muito o nosso trabalho", declarou Tas.
A Band tem os direitos da Copa e vai mandar uma equipe do humorístico para a África.
Uma equipe do ""Casseta & Planeta", da TV Globo, também vai trabalhar no Mundial.
Cláudio Manoel ironizou no Twitter a decisão da CBF. "A gente já tem um técnico que é uma piada e um meio-campo comédia, não precisamos de mais nada'", brincou ele.
O presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício Azêdo, apoiou a decisão da entidade. ""Somos favoráveis à liberdade de acesso às fontes de informação aos jornalistas e não aos humoristas, que muitas vezes têm formulação agressiva", afirmou Azêdo. (SÉRGIO RANGEL)

Nenhum comentário: