segunda-feira, 5 de julho de 2010

FELIPE MELO::Vou conversar com todos no momento certo. Me ouçam antes de julgar. Por enquanto quero descansar com a minha família.

Escolhido como o "culpado" da eliminação da Seleção Brasileira pela torcida, o volante Felipe Melo tem sofrido uma série de críticas e agressões verbais após o retorno ao Brasil.
Nesta segunda-feira o jogador da Juventus de Turim quebrou o silêncio e falou, por meio de seu Twitter, que pretende se pronunciar em um momento próximo.
"Vou conversar com todos no momento certo. Me ouçam antes de julgar. Por enquanto quero descansar com a minha família", escreveu Felipe. O jogador é casado e tem três filhos.
O camisa 5 da Seleção Brasileira ficou marcado pela torcida após fazer um gol contra e ser expulso na derrota para a Holanda, por 2 a 1, marcando a eliminação do Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo.

Técnico Leonardo é um dos cotados para assumir a vaga de Dunga

Fonte ligada à entidade garante que Ricardo Teixeira poderia voltar a apostar na "inexperiência"

Embora o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, tenha alfinetado o técnico demitido Dunga e dito em entrevista ao canal SporTV nesta segunda-feira que a seleção brasileira precisa de um técnico experiente e capaz
de reformular todo o trabalho feito até então, há grandes indícios de que um novo profissional com pouca experiência assuma o comando.
Este nome seria o de Leonardo, ex-lateral canarinho que fez sua estreia como treinador pelo Milan nesta temporada.Apesar de o trabalho do antigo gerente de futebol rossonero ter sido frustrado como técnico - o que culminou em sua demissão no encerramento da temporada europeia -, Leonardo estaria 90% acertado com a CBF.

A informação foi antecipada na gravação do programa Linha de Passe , do canal televisivo ESPN Brasil, por uma fonte ligada à entidade. A escolha, caso confirmada, estaria ligada à boa relação que o treinador tem com a imprensa e à possibilidade de uma nova aposta em um profissional que ainda tem condições de crescer na carreira.

A chance de que Leonardo ficasse no cargo ao longo de um período mais curto também seria grande. No papel de "tampão", poderia ocupar o comando técnico até as vésperas do Mundial que será realizado no Brasil, em 2014. Um dos treinadores mais cotados para dirigir a seleção brasileira no momento, Luiz Felipe Scolari estabeleceu contrato com o Palmeiras até 2012 e poderia retomar seu lugar no elenco canarinho em 2013, por exemplo, a um ano da Copa.

Caso o nome de Leonardo não seja selado, o favoritismo para o posto de técnico canarinho seguiria nas mãos de um dos integrantes do "quarteto de ferro" formado por Ricardo Gomes (São Paulo), Mano Menezes (Corinthians), Vanderlei Luxemburgo (Atlético-MG) e Muricy Ramalho (Fluminense).

Teixeira culpa nervoso e compara Dunga a Parreira

Um dia depois de demitir Dunga e toda a comissão técnica da seleção brasileira, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, culpou o nervosismo pela eliminação da equipe diante da Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul. O time dominou o rival, abriu o placar e criou várias chances de gol no primeiro tempo, mas tomou a virada no segundo e foi prejudicado pela expulsão do volante Felipe Melo por agressão ao atacante Robben."Vi o jogo ontem (domingo), e hoje (segunda-feira) vi outra vez com um amigo. Os dois comentamos que ficou claro que o time ficou profundamente nervoso no segundo tempo. Tomamos um gol e começou o jogo outra vez, não precisava acontecer aquela hecatombe", disse, em entrevista ao programa "Bem Amigos", do SporTV. "Isso ficou configurado na minha cabeça. O segundo tempo foi completamente diferente e isso culminou na nossa derrota".Teixeira disse que não chegou a discutir esses problemas com o treinador depois da derrota em Port Elizabeth. "A única coisa que achei ético fazer era comunicar ao Dunga que iria dissolver a comissão técnica". A decisão foi anunciada neste domingo, por meio de nota oficial no site da CBF. Dunga, por sua vez, respondeu a Teixeira através de carta aberta à imprensa, em que agradece a confiança do dirigente em seu projeto.O dirigente disse que avalia como bom o trabalho de Dunga à frente da seleção brasileira, mas lembrou que o resultado acabou sendo o mesmo da última Copa, em que o Brasil caiu também nas quartas, contra a França. Ele também comparou a caminhada de Dunga com a do seu antecessor, Carlos Alberto Parreira."Ninguém tinha expectativa que o Brasil saísse quando saiu, repetindo tecnicamente o que aconteceu na Alemanha. Já é o segundo Campeonato Mundial em que nós ganhamos tudo antes e na hora H não temos o resultado que esperávamos", disse, citando as conquistas da Copa América, em 2004, por Parreira, e 2007, por Dunga; e da Copa das Confederações, em 2005, por Parreira, e em 2009, por Dunga.Teixeira escolheu Dunga como treinador da equipe nacional em agosto de 2006 justamente para implantar uma filosofia de disciplina rígida, corrigindo o que, em sua opinião, motivou o fracasso de Carlos Alberto Parreira no Mundial da Alemanha. Alguns jogadores se apresentaram na ocasião com problemas de peso e a preparação do time foi marcada por euforia e treinos abertos à torcida.Teixeira deve anunciar o novo técnico da seleção até o final de julho. O escolhido terá até o dia 25 deste mês para convocar os jogadores que atuam no exterior para o amistoso que será disputado em 10 de agosto, em Nova York, nos Estados Unidos, contra a seleção local. "De tudo tiramos lição e espero que possamos fazer as correções necessárias".

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Bruno fala pela 1ª vez a jornalistas e espera que jovem esteja viva



O goleiro Bruno, do Flamengo, suspeito pelo desaparecimento de uma ex-namorada, sumida há três semanas, espera que a jovem reapareça nos próximos dias."Estou tranquilo e espero que ela esteja viva. Estou fazendo muita força para que ela apareça e que esta situação acabe logo, porque é muito constrangedora para mim", disse o jogador em sua primeira declaração a jornalistas desde que se tornou protagonista das páginas policiais dos jornais por sua suposta responsabilidade no caso.Eliza Samudio, uma modelo que teria tido um filho com o goleiro e o denunciou para exigir o reconhecimento da paternidade e o pagamento de uma pensão, está desaparecida desde o começo de junho e a Polícia suspeita que ela tenha sido assassinada.Bruno está na mira da Justiça por testemunhas terem dito que viram o atleta, a jovem e o bebê em um sítio que o goleiro tem próximo a Belo Horizonte.O filho da jovem, de quatro meses, foi achado pela Polícia no sábado passado em poder de uma família de conhecidos da esposa do jogador e já foi entregue aos avós maternos."Quem levou a criança até minha casa foi o Macarrão (apelido de seu amigo). Ele é um empregado meu e segurou a criança depois que ela (a mãe) o entregou dizendo que tinha de resolver problemas", disse.Os investigadores disseram ter achado manchas de sangue no veículo do jogador e pretendem realizar exames genéticos para determinar se são da jovem desaparecida.Eliza tinha denunciado Bruno em outubro passado por tentativa de sequestro, agressão e ameaças para obrigá-la a abortar, mas o goleiro negou os fatos.

RACISMO NA FRANÇA: Torcedores pedem a exclusão de pretos e mulçumanos




Após a eliminação da França na Copa do Mundo, um grupo de cerca de trinta torcedores invadiu a sede da Federação Francesa de Futebol (FFF), em Paris, e com gritos racistas, pressionou o até então presidente da entidade, Jean-Pierre Escalettes, a não mais convocar “pretos e muçulmanos” para a seleção.
O caso, revelado pelo jornal Le Figaro, ocorreu no último dia 25 de junho, três dias depois da derrota da França para a África do Sul pelo placar de 2 a 1, que eliminou a então vice-campeã mundial do torneio.
Segundo atesta o jornal, o grupo de torcedores racistas, uma minoria que costuma fazer barulho principalmente em partidas do Paris Saint-Germain, invadiu a sede da FFF e pichou o muro da entidade com os dizeres “Aqui é Paris, não Argélia”, em referência hostil à presença de imigrantes tanto na seleção quanto na sociedade francesa.
Além disso, a imprensa local registrou a seguinte frase, atribuída ao grupo: “Digam ao Sr. Escalettes que queremos uma seleção francesa branca e cristã, e que exclua os pretos e muçulmanos do time. Digam a ele que voltaremos e quebraremos tudo”.
A FFF registrou queixa na polícia parisiense, por difamação e danos materiais.

DUNGA: 'BATEU....LEVOU'

Se nos tempos de jogador Dunga não tirava o pé quando uma dividida surgia à sua frente, agora, na função de treinador, a filosofia do ex-volante permanece intacta. Na véspera do confronto com a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo, o técnico da seleção respondeu um desaforo do ex-atleta Johan Cruyff e aumentou sua lista de troca de farpas públicas com personalidades da bola.
No incidente em questão, o antigo ídolo da seleção holandesa afirmou que não pagaria para ver a seleção brasileira jogar, em razão da falta de criatividade do time atual e do excesso de jogadores de força, de acordo com argumentos de Cruyff. "Onde está a magia?", indagou o craque da Copa de 1974 em entrevista a um jornal inglês. Mas Dunga não deixou por menos, com resposta fina.
"Há muitos jogos para ele escolher. Na democracia você escolhe a partida que quiser, compra o ingresso e vai. Mas ele seguramente tem ingresso de graça da Fifa e por isso não paga", declarou o treinador brasileiro na entrevista coletiva na véspera do jogo com a Holanda em Port Elizabeth, que acontece nesta sexta.
Desta forma, voluntariamente ou não, Dunga vê crescer sua lista de “bateu, levou” com personalidades do mundo do futebol, escancarando sua aversão às 'meias palavras', a todo o exagero diplomático tão comum entre os colegas de profissão.
Em outro caso no ano passado, o treinador rebateu o ex-jogador alemão Franz Beckenbauer a respeito de um tema semelhante ao diálogo com Cruyff.
Durante a Copa das Confederações de 2009, Beckenbauer afirmou que não reconhecia no time de Dunga o verdadeiro futebol brasileiro. O treinador da seleção retrucou sem pestanejar quando confrontado ao depoimento do alemão:
"Opinião todo mundo pode dar. Mas os números não são uma opinião. É só ver quantos gols o Brasil fez e comparar com as outras. Nas eliminatórias temos o melhor ataque. Isso não é opinião, são números. Contra números não há argumento", afirmou o treinador à época.
Além de craques do passado, Dunga já se chocou com gente da pesada, como o dirigente número 2 da Fifa, Jérôme Valcke. Dias antes da Copa, em meio a uma onda de críticas de brasileiros em relação à qualidade da bola Jabulani, o secretário-geral da entidade insinuou que os depoimentos se constituíam numa desculpa antecipada para uma futura derrota.
De bate-pronto, Dunga defendeu seus jogadores, argumentando que o engravatado Valcke não entendia do riscado por jamais ter jogado bola. A polêmica voltou apimentada ao dirigente da Fifa, que esfriou a conversa via microfones da imprensa dizendo que "amava" o treinador brasileiro.
Mas nem sempre Dunga vai à batalha com alguém que levanta a palavra em sua direção, ou contra a seleção. No fim de 2008, quando assumiu o comando da Argentina, Maradona afirmou que seria um técnico diferente do colega brasileiro, com uma provocação explícita: "Eu não jogo como o Dunga. Dunga batia. Eu driblava". Esse comentário passou sem réplica na época.
Fonte: Site UOL (Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Port Elizabeth (África do Sul)