domingo, 14 de março de 2010
DESTAQUE MUSICAL: Roberto Ricci deu show no 'Domingo Mirante'
O cantor e compositor Roberto Ricci foi o entrevisatdo do programa 'Domingo Mirante' neste domingo (14)produzido e apresentado pelo jornalista Marcial Lima.Ele aproveitou para contou sobre sua carreira musical. Os ouvintes não pararam de mandar mensagens saudando o artista e pedindo músicas, com destaque para toadas e músicas de carnaval
QUEM É ROBERTO RICCI
O cantor e compositor Roberto Ricci há muito tempo encanta o público maranhense com suas composições, sua voz e sua versatilidade ao tocar um violão. Famoso por criar um jeito novo de tocar o instrumento, fazendo dele um verdadeiro instrumento percussivo e não só de cordas, chamou a atenção dos públicos mais rigorosos, chegando a mostrar seu trabalho nos programas globais Domingão do Faustão e Programa do Jô. Natural de São Luís começou a ter contato com a música com apenas sete anos de idade e desde então não parou mais. Autodidata, afirma não saber como nasceu todo o seu conhecimento musical, diz apenas que ele foi surgindo, o que ainda acontece até hoje. Com posicionamentos fortes e seguros a respeito dos rumos musicais que o Maranhão está tomando, Ricci concedeu esta entrevista a O IMPARCIAL, onde fala de sua carreira, suas experiências musicais e sua angústia com a falta de identidade cultural da música maranhense.
Como começou a tua carreira musical?
Desde os sete anos de idade já tocava instrumentos de brinquedo. A partir dos dez anos comecei a tocar cavaquinho - que foi o meu primeiro instrumento e que, hoje, raramente eu toco – e aos doze anos já comecei a tocar profissionalmente, fazendo alguns shows de calouros e outras coisas. A partir daí comecei a tocar na noite, em barzinhos, montei um grupo de quatro pessoas fazendo percussão e depois parti para a carreira solo. Foi aí que eu comecei esse trabalho de violão sozinho. Sou, literalmente, um autodidata, pois aprendi a tocar o violão sozinho. Pegava um violão para tocar e nem o afinava, ia tocando sem saber nome de nota e por aí fui me aperfeiçoando.
Você começou em barzinhos, tocando na noite, e hoje é um músico muito reconhecido no Maranhão e fora dele, principalmente por sua ligação com o bumba-meu-boi. Como se deu isso?
Minha ligação com o bumba-meu-boi vem desde criança, porque eu sempre gostei muito. Eu morava na Rua da Saúde, no Centro, próximo ao Mercado Central, e todos os anos, no dia de São Pedro, amanheciam alguns bois e eu comecei a gostar. Isso resultou em uma ligação muito forte com o bumba-meu-boi, tanto no sotaque de orquestra como o de matraca. A bandeira que eu sempre levantei é um trabalho forte de valorização dessa manifestação. Já estou no quinto CD de toadas, produzo CDs e componho toadas para outros grupos e por aí vai. Tenho o meu trabalho da noite, cantando músicas diferentes, e o trabalho do São João, mas não sou bitolado a ele, não existe um rótulo, faço todas as vertentes. Também tenho a minha ligação com o carnaval, pois faço muitos sambas, apesar de que este ano resolvi ficar de fora.
(*)Texto da jornalista Inara Rodrigues
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