domingo, 9 de agosto de 2009

Alexandre Garcia: Sarney só sai se a pressão pública lhe for insuportável


Aproveitando as observações do senador Demóstenes Torres, poderia se dizer que quando os senadores olham para cima, não veem apenas muitos telhados de vidro, mas também veem, lá em cima, o fundo do poço. A cada dia se deteriora mais a situação, confirmando as previsões de que a permanência do senador Sarney na presidência da Casa torna mais incontrolável a catástrofe do Senado, a generalização da falta de decoro. Tanta coisa poderia aproveitar a carona dos contêineres de lixo que estão voltando para a Inglaterra.
Como vimos, se depender do Conselho de Ética, Sarney não deixa a presidência do Senado. Se depender do plenário, se depender do PMDB, se depender do próprio Sarney, ele não sai. Só sai se a pressão pública lhe for insuportável.

Quanto ao apoio do governo, parece estar havendo uma indecisão. O presidente Lula já teria constatado prejuízo para o PT e queda de aprovação pessoal por causa das ligações com Sarney, Collor e Renan.

A propósito, lembrando o que disse Collor na segunda-feira para Pedro Simon, sobre engolir palavras, vale pensar sobre as palavras que disseram, há anos, Sarney, Collor e Lula, uns dos outros. Como será que as digerem agora? (Do Bom Dia Brasil / Rede Globo)

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