sexta-feira, 17 de julho de 2009

PF indicia esposa de Fernando Sarney



Foi indiciada ainda Luzia Campos, ligada a uma empresa da família.
Empresário é filho do presidente do Senado, José Sarney.
A Polícia Federal indiciou, na quinta-feira (16), Teresa Sarney, esposa de Fernando José Macieira Sarney e nora do presidente do Senado, José Sarney. Além dela, foi indiciada também Luzia Campos, que seria ligada a uma das empresas da família Sarney.
Teresa e Luzia prestaram depoimento à PF na mesma investigação que envolve Fernando Sarney. Além delas, a Polícia Federal ouviu outras três pessoas, entre elas dois diretores do grupo de comunicação presidido pelo filho do presidente do Senado.
Em depoimento à PF, que durou cerca de seis horas, Fernando Sarney negou todas as acusações. O inquérito segue agora para o Ministério Público Federal. Os procuradores da República vão decidir se aceitam as acusações contra o empresário.

O advogado do empresário, Marcelo Leal, negou todas as acusações. "Os fatos investigados que lhe são imputados não são verdadeiros. Meu cliente é absolutamente inocente. Nós temos a total convicção de que isso estará comprovado no curso deste processo".

A investigação começou para mapear transações financeiras suspeitas. Em 2006, Fernando Sarney teria sacado R$ 2 milhões em espécie, dinheiro que teria sido usado para financiar a campanha da irmã, Roseana Sarney, hoje governadora do Maranhão.
As investigações se desdobraram e deram origam a, pelo menos, cinco inquéritos. O depoimento do empresário, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo" deu conclusão a três deles.
Fernando Sarney é apontado nas investigações como chefe de um grupo acusado de ter forte influência política e, com isso, conseguir direcionar licitações e também desviar dinheiro público. A Polícia Federal suspeita ainda que ele seja sócio da empresa Marafolia, que promove eventos no Maranhão e seria usada para lavagem de dinheiro. Três pessoas apontadas como sócias da Marafolia também foram indiciadas.

No ano passado, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal pediram a prisão dele e de outras 13 pessoas. A Justiça Federal, na época, acabou negando os pedidos.

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