sexta-feira, 17 de julho de 2009
Diálogos indicam tráfico de influência de filho de Sarney
FOLHA DE S.PAULO
Diálogos captados pela Polícia Federal revelam que o empresário Fernando Sarney tentava interferir em indicações e negócios realizados pela Eletrobrás, empresa estatal do setor elétrico, área controlada por seu pai, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Fernando foi indiciado anteontem sob acusação de ter cometido quatro crimes: formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Apontado como o "líder da quadrilha", o filho de Sarney é alvo de cinco inquéritos abertos pela PF -a principal linha de investigação apura a prática de tráfico de influência supostamente exercida por Fernando para beneficiar empresas privadas em contratos com o governo. Ele ainda pode ser indiciado por mais crimes.
Em uma das conversas gravadas pela PF com autorização judicial, Fernando trata da indicação de uma pessoa para um cargo na diretoria financeira da Eletrobrás. Seu interlocutor, identificado pela PF apenas como Jorge ou Vitinho, diz que precisa do aval de Fernando. Jorge cita ainda o nome do advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, que também teria defendido o nome da mesma pessoa para a função na Eletrobrás.
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