PARIS, França (AFP) - Travesti, transexual, transgênero são termos relacionados à identidade sexual e se referem a realidades diferentes.
O transexualismo foi incluído em 1996 na Classificação Estatística Internacional de Enfermidades e Problemas Relacionados à Saúde (CIM 10), no capítulo dos "transtornos de identidade de gênero". Esta decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS) provocou a consternação das pessoas 'trans', que denunciam uma 'psiquiatrização' de seu estado.
Essa classificação define o transexualismo como "um desejo de viver e de ser aceito como uma pessoa do sexo oposto."
Este desejo é acompanhado geralmente de um sentimento de mal-estar ou de inadaptação ao seu sexo anatômico e do desejo de realizar uma intervenção cirúrgica ou um tratamento hormonal para tornar seu corpo o mais parecido possível ao sexo desejado".
Associações e médicos insistem que uma identidade de gênero (sentir-se homem ou mulher) existe e é independente da identidade sexual biológica e da orientação sexual - hetero, homo ou bissexual.
Na França, os médicos decidiram diferenciar os "transgêneros" que realizaram uma hormonoterapia e os "transexuais" que, além da hormonoterapia, passaram por um procedimento cirúrgico de "mudança" de sexo.
Para ser homem, a operação consiste em eliminar os seios, os ovários e o útero e elaborar um pênis. Para se tornar uma mulher, é preciso retirar o pênis, 'construir' uma vagina e uma vulva, e realizar implantes mamários.
O travestismo, segundo a CIM 10, refere-se ao "fato de vestir roupas do sexo oposto durante parte de sua existência, com o objetivo de desfrutar da experiência de pertencer ao sexo oposto, mas sem o desejo de mudança de sexo permanente por meio de uma transformação cirúrgica".
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