A guilhotina 'castelista' fez mais uma vítima, e note-se na área da comunciação. Desta vez o escolhido foi o sub-secretário de comunicação, jornalista Jersan Araújo, que ousou em mexer com pessoas fortes do judiciário e com ligações com o poder castelista.
Confira o artigo do Jersan Araújo publicado em sua coluna no Jornal Pequeno, do último domingo (20 de junho), que também foi postado no BLOG do Jersan.
_______________________________________
O Dinossauro enfurecido
Todos nós sabemos como é poder, não é? O mundo está cheio disso. “Faça isso ou despedirei você”. “Faça isso ou bombardearemos você”. “Faça isso ou bateremos em você” ou “faça isso ou castigaremos você...” Em palavras simples: “faça isso, senão...”
AUTORIDADE: “É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal” (...) ”A autoridade diz respeito a quem você é como pessoa, seu caráter e à influência que estabelece sobre as pessoas”. Ao dinossauro falta autoridade, sobra autoritarismo...
Desculpem-me os leitores por tratar, hoje, neste espaço democrático, de um assunto que diz respeito a este colunista e alguns personagens e que tem como vilão um poderoso e enfurecido dinossauro, que, pelo fato de eu discordar das suas atitudes abruptas e inconseqüentes, resolveu vingar-se, se utilizando do poder para chantagear um amigo e exigir que me prejudicasse. Mas não conseguirá o meu silêncio.
Não é de hoje que sofro retaliações de poderosos. Assim foi no regime autoritário, contra o qual me posicionei, assim tem sido nestes mais de 40 anos de oligarquia Sarney, responsável pelo empobrecimento da grande maioria do povo maranhense que corajosamente, em 2006, decretou o fim dessa situação lastimável, elegendo Jackson Lago governador do Estado, mas viu revogada a sua vontade por quatro ministros do Tribunal Superior Eleitoral dois anos e quatro meses depois.
Não será, pois, um dinossauro – com muito poder, mas sem autoridade moral – que vai me intimidar. E por falar em poder e em autoridade, recorro ao escritor James C. Hunter que em “O Monge e o Executivo”, parafraseando Max Weber, define com precisão a diferença:
PODER – “É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa da sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer.” E explica:
- Todos nós sabemos como é poder, não é? O mundo está cheio disso. “Faça isso ou despedirei você”. “Faça isso ou bombardearemos você”. “Faça isso ou bateremos em você” ou “faça isso ou castigaremos você...” Em palavras simples: “faça isso, senão...”
AUTORIDADE: “É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal” (...) ”A autoridade diz respeito a quem você é como pessoa, seu caráter e à influência que estabelece sobre as pessoas”. Ao dinossauro falta autoridade, sobra autoritarismo...
Pois bem. Eu não estaria tratando desse assunto se o dinossauro não andasse se vangloriando de ter “lascado com o Jersan”. Linguagem rasteira, assim. Esquece que sou um homem de vida simples, humilde, porém, muito digna. Ele tem poder e dinheiro. Falta-lhe a certeza da retidão na execução dos seus atos. Condicionar uma decisão ou um voto para favorecer seu instinto perverso e para prejudicar interesses de outrem é simplesmente abominável. Isso é chantagem!
- Assim como requerer e receber diárias do poder que integra, ilegalmente, mesmo que as devolva ao erário por força de determinação superior, não pode ser considerada demonstração de honestidade.
Quero deixar explicitada aqui a minha satisfação de ter participado da administração do prefeito João Castelo, por quem tenho apreço, amizade e admiração. Uma amizade de mais de 25 anos quando pela primeira vez, em 1985, dei a minha humilde colaboração à grande vitória de Dona Gardênia à Prefeitura de São Luís. Até hoje não houve e com certeza não haverá alguém capaz de interromper essa jornada pontificada de sacrifícios e vitórias. De qualquer forma sinto-me feliz porque desse episódio o meu amigo se livrou da gana de um dinossauro raivoso e poderoso, porém, carente de autoridade moral.
Para finalizar: sou da paz, cultivo boas amizades. Jamais as usei para conquistar benefícios pessoais. Não atropelo ninguém para galgar posições. Respeito a todos independentemente de suas posições. Portanto não poderia silenciar diante da arrogância e de ameaças de um homem que, por mais poder que possa ter, será incapaz de me fazer temê-lo. E, pelos atos que pratica, respeitá-lo. Não dá!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário