sábado, 11 de julho de 2009

Virgílio denuncia diretor da Fundação José Sarney

Gurgel vai analisar os fatos para decidir se pede investigação.Arthur Virgílio também acionou Sarney no Conselho de Ética da Casa.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), protocolou nesta sexta-feira (10) representação na Procuradoria-Geral da República na qual pede que o procurador-geral, Roberto Gurgel, investigue o diretor da Fundação José Sarney, Raimundo Nonato Quintiliano Pereira Filho, pela suposta responsabilidade sobre as denúncias de desvio de recursos de um convênio de R$ 1,3 milhão da Petrobras com a entidade. Já o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), criador e presidente de honra da entidade, não é citado na representação. "Os advogados acharam melhor não citar o presidente por uma questão jurídica. Mas se restar comprovada a participação de Sarney, ele será incluído, porque nós pedimos que o procurador-geral apure a materialidade e a autoria de todos os envolvidos em irregularidades", explica Virgílio.

Materializada em cinco páginas, a representação reproduz reportagem publicada nesta quinta-feira (9) pelo jornal "O Estado de S. Paulo", segundo a qual a Fundação José Sarney, criada pelo presidente do Senado para manter um museu com o acervo do período em que foi presidente da República, teria desviado para empresas fantasmas e outras da família do próprio parlamentar dinheiro da Petrobras, repassado em forma de patrocínio, para um projeto cultural que nunca teria saido do papel. O senador também transcreve reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo de 9 de julho, segundo a qual a entidade ligada a Sarney teria utilizado a verba do convênio com a Petrobras para custear uma festa julina idealizada pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que é filha do presidente do Senado. Virgílio estrutura a representação no artigo 312 do Códio Penal Brasileiro que trata dos crimes de peculato. O líder tucano também pede que o procurador-geral apure a possível formação de quadrilha, presente no artigo 288 do mesmo Código Penal. Gurgel deve analisar os fatos para verificar a possibilidade de pedir a abertura de inquérito à Polícia Federal, o que não tem data para ocorrer.

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