Partidários do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), aproveitaram a lembrança dos 45 anos do Golpe Militar de 64 para realizar hoje uma série de manifestações em defesa do mandato do pedetista, cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 4 de março. As manifestações começaram pela manhã, se estenderam pela noite e chegaram a reunir três mil pessoas.
Cerca de cem trabalhadores rurais da cidade de Itapecuru-Mirim, distante cerca de 170 quilômetros da capital maranhense, tentaram invadir o Convento das Mercês, no centro histórico de São Luís. Armados com paus e porretes, os manifestantes tentaram quebrar os cadeados e o portão de entrada do prédio, gritando palavras de ordem contra o presidente do senado, José Sarney (PMDB-AP). "Não vamos deixar que (Roseana) Sarney assuma de jeito nenhum", dizia, inflamado, o subsecretário de Minas e Energia, Márcio Jardim, um dos líderes do movimento.
O convento abriga o Museu da Memória Republicana que reúne o maior acervo audiovisual, textual e bibliográfico sobre Sarney. O prédio é considerado pelos correligionários de Lago como um dos maiores símbolos da força da família Sarney no Maranhão. A manifestação terminou apenas com a intervenção de dez homens da tropa de choque da Polícia Militar (PM).
À tarde, os correligionários do governador realizaram, na Praça Deodoro, o Ato Nacional Pela Democracia. A manifestação foi encabeçada por movimentos sociais como a Via Campesina e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Conforme a organização, aproximadamente três mil pessoas participaram da mobilização. O ato foi marcado pela participação de todo o secretariado de Lago e da base governista na Assembleia Legislativa, além de lideranças de movimentos sociais e artistas maranhenses.
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