quinta-feira, 5 de março de 2009

CRISE NA MÚSICA 2 : Tim Festival foi desativado

O TIM Festival, o maior festival de música pop da América do Sul, foi desativado pelo seu patrocinador, a operadora de telefonia móvel TIM. Também foi cancelado o Prêmio TIM de Música, que teve seis versões no Rio de Janeiro. É, até agora, o maior reflexo da crise econômica no mundo do show biz brasileiro, que parecia imune à turbulência.
O cancelamento do TIM Festival, cuja edição anual tinha um custo estimado em cerca de R$ 4 milhões, traz sobretudo um grande prejuízo à diversificada agenda cultural de São Paulo e Rio (o evento também tinha edições menores em Vitória e Curitiba). Em 2007, mobilizou cerca de 70 mil espectadores. Além de estimular o turismo cultural, criava empregos, espalhava tendências e já integrava o calendário de festivais do gênero no mundo - chegou a ser considerado um dos três melhores em seu setor.
Maior mostra de música internacional do País, o festival começou em 1985 como uma versão tropical do Cool Jazz Festival americano. Foi criado pelas irmãs Monique e Sylvia Gardenberg (Sylvia morreu em 1998, e Monique levou o festival adiante).
Abrigado pela companhia de cigarros Souza Cruz, tornou-se um ano depois, em 1986, o Free Jazz Festival, realizado durante 18 anos, e que trouxe ao País artistas como Sonny Rollins, Max Roach, Sarah Vaughan, Art Blakey, Wayne Shorter, Brian Wilson, Little Richard, John Zorn, Philip Glass, Kraftwerk, Björk, Patti Smith e Strokes.
A partir do final dos anos 1990, o festival buscou incluir em sua programação a música eletrônica e correntes híbridas, como o acid jazz e o trip-hop. Com a proibição da propaganda de cigarros em eventos públicos, o festival mudou de patrocinador, tornando-se TIM Festival. O "padrinho" da parceria era o publicitário Mario Cohen, que hoje é diretor do Auditório Ibirapuera.

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